Voltz segue com volumes de emplacamentos baixos
Nos últimos dois meses menos de 200 unidades de motos elétricas da empresa foram registradas no Brasil. Não há informações se fábrica está funcionando
A Voltz Motors segue com volumes baixos de emplacamentos no Brasil. Nos últimos dois meses, julho e agosto, foram somente 188 unidades registradas no Brasil, segundo dados divulgados pela associação das concessionárias, a Fenabrave. Não há informações se a fábrica da empresa em Manaus segue funcionando.
Desde o processo de despejo contra a marca vir à tona no final de maio, a empresa mantém "silêncio" sobre os detalhes de sua operação, além de emplacamentos abaixo do esperado. Para se ter uma ideia, em maio de 2022, a Voltz teve seu auge no Brasil com 611 motos emplacadas.
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Queda da Voltz nas vendas
No acumulado de 2023, a Voltz tem 1.595 motocicletas emplacadas no Brasil, entre janeiro e agosto. Isso representa queda de mais de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 3.241 unidades foram registradas.
Como está a fábrica em Manaus?
Inaugurada há pouco mais de 1 ano, a fábrica da Voltz em Manaus recebeu investimento de R$ 12 milhões em uma área de 11 mil m². Sua capacidade anual é de 180 mil unidades, mas a empresa emplacou cerca de 1.600 motos elétricas no ano até agora. Quando a informação do processo de despejo contra a empresa se tornou pública, a marca disse que a fábrica estava "funcionando normalmente".
Consultada novamente por nossa reportagem no final de agosto, a empresa não confirmou se a fábrica continua operando e também explicou se houve uma resolução sobre a ação movida contra a marca. Quando o processo ganhou detalhes na mídia, a Voltz disse que havia uma "relação amigável com os locadores". A empresa afirmou que aguardava um novo aporte para resolver os problemas de caixa, mas nada mais sobre isso foi anunciado.
EMPLACAMENTOS DA VOLTZ EM 2023:
JANEIRO | 311 |
FEVEREIRO | 199 |
MARÇO | 286 |
ABRIL | 159 |
MAIO | 295 |
JUNHO | 153 |
JULHO | 82 |
AGOSTO | 106 |
Antes da construção da fábrica, a Voltz recebeu aporte de R$ 100 milhões. Do total, vindo do grupo Creditas, foram R$ 95 milhões, e mais R$ 5 milhões da UVC Investimentos, ligada ao grupo Ultra.
Atrasos e falta de reembolsos
Informações vindas de clientes indicam que ainda há uma longa espera de motos atrasadas para serem entregues aos compradores. Em outubro passado, a Voltz declarou que havia uma fila de espera de 14 mil motos elétricas. Os clientes também relatam que há dificuldades quanto a conseguir o reembolso após o cancelamento das compras.
Silêncio nas redes sociais
Antes muito ativa em seus canais nas redes, a Voltz está praticamente sem postagens em suas redes. Desde 1º de abril não há publicações em seu feed do Instagram; agora, somente algumas ações estão sendo atualizadas esporadicamente nos stories.
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