Teste: Royal Enfield Himalayan

Com preço competitivo, novidade da marca indiana agrada em grande parte do uso
Royal Enfield Himalayan 2019

Royal Enfield Himalayan 2019 | Imagem: Royal Enfield

A Royal Enfield Himalayan mal chegou ao Brasil e já está mexendo com os números de vendas da Marca. Lançada em janeiro de 2019 com 20 unidades emplacadas, o número em fevereiro já subiu para 62 motos, mostrando uma boa receptividade do público para o modelo. Só para lembrar, durante o ano de 2018 a Royal emplacou com toda a sua linha 522 unidades, uma media ao mês de 43 motos, portanto a Himalayan promete alavancar a participação da marca por aqui. Por isso o Motoo resolveu conferir de perto mais detalhes sobre esse aguardado modelo da marca, que foi desenvolvido no Centro de Design da Royal Enfield na Inglaterra e feito especialmente para atender o mercado ocidental. Certamente ele vai dar uma cara nova para a marca aqui no Brasil.

Logo que chegamos para retirar a moto, o visual de certa forma “vintage” da Himalayan chama a atenção. As barras que protegem o tanque e as linhas predominantemente retas adotadas para o estilo da Himalayan criam um ar rústico para a trail. A pintura fosca, por sua vez, de certa forma realça a robustez da Himalayan e transmite a sensação de uma moto pronta para todo tipo de terreno.

Ao acionar o botão de partida, ao contrário das demais motos da marca notamos uma agradável ausência de vibração, sem dúvida uma boa surpresa. O som grave do motor monocilíndrico demonstra que ele tem força, porém ele está longe de esbanjar potência. Com 411 cc e 24,5 cv, a Himalayan vai bem trafegando em velocidades na casa de 120 km/h. Ao forçar mais, passamos a sentir algumas vibrações, por isso convém trafegar com a Himalayan a uma velocidade de 110 km/h, a qual mostra-se a ideal e que permite uma pilotagem mais confortável durante trajetos mais longos.

Visual/Ciclística

A Himalayan, sem dúvida, chama a atenção por onde passa. O estilo retrô, a pintura fosca e o porte de uma moto trail despertam curiosidade e admiração.

O painel de instrumentos tem um design que harmoniza muito bem com o estilo. Bastante completo, ele oferece todo tipo de informação necessária, com destaque para a bússola. A bolha que cobre o painel e envolve o farol, protege muito bem o piloto do vento. A transmissão de 5 velocidades tem trocas suaves e trabalha muito bem tanto em retações altas como baixas. O bom torque ajuda a reduzir a necessidade de trocas constantes de marcha.

Para viagens, a Royal oferece malas laterais, assessório original disponível a parte.

A Himalayan é alta e mesmo pilotos com estatura na casa dos 1,90 m precisam levantar bem a perna para passar por cima do banco e subir na motocicleta. Mas, uma vez que você se acomoda para pilotar, a “pegada” da Himalayan agrada bastante e ela mostra-se uma moto segura e confortável. Os pés, por sua vez, alcançam o chão facilmente. O banco é relativamente macio e confortável, sendo que você pode andar por horas na Himalayan sem cansar, o que de fato é uma das propostas dessa trail.

Na pilotagem, a Himalayan é ágil e rápida nas mudanças de direção, com uma sensação de equilíbrio muito grande, permitindo manobras mais arriscadas tanto na cidade, entre os corredores, bem como em terrenos adversos, como trilhas e estradas de terra.

Suspensão

O sistema de suspensão tem um resultado positivo e se destaca na trail. No asfalto, ela é macia o suficiente para o uso urbano. O piso irregular e os buracos da cidade, passam por despercebidos, fato que diminui muito a tensão de pilotar em algumas situações. O monoamortecedor traseiro, com bieletas, também vai bem nos dois ambientes, transmitindo conforto e confiança para o piloto. O comportamento no off-road surpreendeu, uma vez que ela absorve os obstáculos muito bem e confere ao piloto confiança, conforto e segurança, permitindo uma pilotagem forte, agressiva e divertida.
Os pneus de uso misto (90/90-21 na dianteira e 120/90-17 na roda traseira), casaram muito bem com o conjunto. Os freios estão adequados com a potência da moto e cumprem bem sua função.

A Himalayan chega com duas opção de cores foscas, preta ou branca, e o preço sugerido de R$ 18.990 é, sem duvida, um convite a compra. Para quem está buscando uma moto que se destaca tanto no uso urbano como para passeios e diversão no fim de semana a um preço atrativo, a Himalayan é uma ótima opção. 

Banco do garupa: nota 8,5

“Fiquei surpreendida com o conforto e a posição do banco. apesar de não ser muito largo, ele consegue ser confortável e seguro. As pernas ficam em uma boa posição, pouco flexionadas. A visão a frente é ampla e as alças laterais ficam a mão, oferecendo bastante segurança.” - opinião de Alessandra B. Lazzari

Ficha Técnica

Motor: monocilíndrico, 4 tempos, SOHC, refrigerado a ar, 411 cc, 24,5 cv a 6.500 rpm, 3,26 kgfm de torque a 4.250 rpm
Chassi: estrutura em meio cavalete Duplex
Suspensão dianteira: telescópica, garfos de 41 mm, percurso de 200 mm
Suspensão traseira: monoamortecedor com acoplamento, percurso de 180 mm
Freios/pneus 
Pneu dianteiro: 90/90-21
Pneu traseiro: 120/90-17
Freio dianteiro: disco de 300 mm, pinça Flutuante de 2 pistões
Freio traseiro: disco de 240 mm, pinça Flutuante de um pistão
Dimensões: 2190 mm comprimento x 840 mm largura x 1360 mm altura
Capacidade de combustível: 15 litros 
Peso Kerb: 191 kg
Distância do solo: 220 mm
Especificações elétricas: 12 volts
Bateria: 12 volts, 8 Ah

 
Por

José Luiz Lazzari

Experiente motocicista há mais de 30 anos, José Luiz é um designer amante das duas rodas e colabora com suas avaliações no Motoo.

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