Teste: KTM 390 Duke ABS
Com motor que entrega fortes emoções, avaliamos esta naked que é uma máquina a ser domada
Logo ao apertar o botão de partida, o motor monocilíndrico de 373 cm3 e 44 cv de da KTM 390 Duke liga de uma forma vigorosa e já dá uma boa mostra do que podemos esperar ao pilotar esta naked.
Num primeiro contato assim que você assume o controle da 390 Duke, ela já transparece um estilo de pilotagem divertido e emocionante. Ao colocar o piloto em uma posição deslocado para a frente da moto, a KTM 390 Duke entrega um excelente centro de gravidade e fácil domínio da moto.
Os joelhos se encaixam junto a lateral do tanque oferecendo uma boa sensação de segurança, o que naturalmente convida a uma pilotagem mais agressiva. O motor está sempre pronto para isto, respondendo rapidamente às solicitações do piloto. As acelerações e retomadas de velocidade são precisas e fortes.
O espirito de pilotar uma moto “Ready to Race” (ou pronta para a corrida, em uma tradução livre) como deixa claro o lema da KTM, é um traço de comportamento que aparece em vários itens da 390 Duke. Destaque para o acelerador eletrônico ride by wire, que é acionado através de sinais elétricos, eliminando o cabo de aço, garantindo mais rapidez no desempenho e respostas precisas.
O novo sistema de suspensão, WP Split Fork, patente da marca, está muito macio, e para o uso urbano garante conforto, principalmente nos pisos irregulares e vias esburacadas. Você pode pilotar sem medo do que vai aparecer à frente. Os bancos são independentes e grandes, com espuma macia.
Na traseira, o mono amortecedor fica fixado diretamente à balança com ajuste na pré-carga, na frente o garfo invertido com tubos de maior diâmetro deixa a Duke com aparência de moto de maior cilindrada e confere um aspecto imponente para a naked de média cilindrada.
O painel digital é dotado de uma tela de 5,2 polegadas e tem uma aparência bem diferenciada. Com conexão para smartphones por meio do aplicativo “KTM my Ride”, com o conjunto pareado é possível acompanhar pelo painel da moto quem ligando e controlar as funções de áudio, que são reunidas no punho esquerdo. A leitura é fácil e a iluminação varia de acordo com a intensidade da luz.
Os freios são eficientes, principalmente o dianteiro, com um disco de 320 mm, o qual tem um efeito praticamente instantâneo quando acionado, o que garante a segurança após acelerações mais fortes. O freio traseiro conta com disco simples de 230 mm e o ABS pode ser desligado quando for preciso.
A Duke 390 ABS é oferecida em duas opções de cores, branca ou laranja, sendo que em ambas ela torna-se uma moto bem chamativa. O preço sugerido é R$ 24.990, um pouco acima da concorrência. A Duke 390 tem um conjunto bastante eficiente, que proporciona pilotagem emocionante e divertida. A exclusividade fica por conta da cor laranja, que é destaque garantido.
Banco do garupa: nota 8
“Gostei, é macio e relativamente espaçoso, as pernas ficam mais flexionadas, o que obriga algumas esticas, mas para categoria agradou”, opinião de Alessandra B. Lazzari.
Ficha técnica:
Motor: monocilíndrico, DOHC, 4V, refrigerado a líquido
Capacidade cúbica: 373,2 cm³
Potência máxima: 44 cv a 9.000 rpm
Torque máximo: 3,77 kgf.m a 7.000 rpm
Câmbio: Seis marchas com embreagem deslizante
Transmissão final: corrente
Alimentação: Injeção eletrônica
Partida: Elétrica
Quadro: Treliça de aço
Suspensão dianteira: Garfo invertido WP com tubos de 43 mm de diâmetro
Suspensão traseira: Monoamortecida
Freio dianteiro c/ ABS: Disco simples de 320 mm de diâmetro, pinça radial ByBre com quatro pistões
Freio traseiro c/ ABS: Disco simples de 230 mm de diâmetro, pinça flutuante ByBre de um pistão
Rodas e pneus: 110/70 ZR17 (dianteira) e 150/60 ZR17 (traseira)
Altura do assento: 830 mm
Distância entre-eixos: 1.357 mm
Peso: 149 kg
Tanque de combustível: 13,4 litros