Teste: Harley-Davidson Sport Glide

Avaliamos a representante da família Softail que recebeu diversas melhorias
Harley-Davidson Sport Glide

Harley-Davidson Sport Glide | Imagem: Divulgação

A Harley-Davidson trouxe para o Brasil a Sport Glide atualizada desde o ano passado, motocicleta que pertence à família Softail e já vem customizada pela fabricante. É possível, por exemplo, adicionar a mini carenagem dianteira à moto para experienciar uma outra sensação no comando da Sport Glide. Logo, temos nela um modelo muito adaptado tanto para rodar por rodovias em longas viagens ou no uso diário para passeio ou trabalho.

Nosso foco principal nesta avaliação foi confirmar se a rápida troca de figurino, não ficam somente na aparência, mas também na agilidade e praticidade do uso, afinal temos aqui uma moto pesando 317 kg. Com o motor Milwaukee-Eight 107 de 1.745 cm3, a Sport Glide é realmente prática e ágil na cidade, como também e confortável e bem equipada para longas viagens.

Sobre a motorização encontramos fatores que pesaram como ponto positivo e que trazem mais conforto para piloto e garupa. O motor tem sua vibração praticamente anulada graças ao trabalho de engenharia da marca e a instalação dos contrabalanceadores quando em marcha-lenta.

A montagem do motor diretamente sobre o chassis deixa o conjunto estrutural mais rígido e aumenta a conectividade entre moto e piloto, oferecendo maior agilidade e melhorando a ciclística. Outro item interessante, foi a refrigeração de óleo em torno das áreas mais quentes do cabeçote, o que minimizou em muito o calor sobre o assento.

Sobre as respostas, o motor entrega arrancadas e retomadas de velocidade vigorosas, sobrando potência e torque nos deslocamentos. Ele trabalha suave em baixos giros, proporcionando uma pilotagem tranquila e prazerosa. A embreagem é mais leve e suave. Na aparência, sem a carenagem e os alforjes a Sport Glide fica notadamente mais clean assim como também ganha agilidade e facilidade nas manobras. Os equipamentos são fáceis de serem retirados. A carenagem frontal sai com dois cliques presos no garfo da frente e os alforjes com um simples giro de alguns botões.

O novo conjunto de suspensão utiliza garfo invertido na dianteira (Showa de 43 mm) e na traseira é do tipo balança monochoque com 83 mm de curso e vem com o ajuste de pré-carga controlado por um manípulo na lateral direita, o qual oferece acesso rápido e fácil. Isso permite que a qualquer momento você possa encontrar o ponto ideal para melhor desempenho, tanto para uso diário ou estradas.

O sistema de freio ABS é de série, com disco único frontal de 300 mm e outro de 290 mm com 2 pistões na roda traseira, conjunto este que mostrou ser eficaz e bem coerente com o porte da Sport Glide.

A posição de pilotagem agradou, principalmente no uso urbano, uma vez que nem parece que você está pilotando uma moto pesada como é o caso. O controle dos pedais são avançados e deixam as pernas esticadas, mas mesmo assim o centro de gravidade permite um bom equilíbrio. Em velocidades mais baixas, a moto fica “na mão”.

O assento é grande, confortável e como a altura do solo é de 680 mm, tudo isso facilita a manobra e passa confiança, já o banco do garupa apresentou certa restrição, como você vai poder observar mais adiante em nossa avaliação.

O painel digital conta com medidor de combustível, relógio, indicador de marcha, odômetro parcial e tacômetro e velocímetro analógico de 5” localizado sobre o tanque de combustível. Na questão de consumo, o mais importante é a autonomia, que fica em torno de 370 km em uma pilotagem mais contida, com uma média na casa de 19,5 km/l, número aferido em nosso teste.

Banco do garupa: nota 6,5

É pequeno tanto na largura como na altura, servindo apenas para deslocamentos curtos e olhe lá. Para uma viagem, nem pensar. É muito desconfortável e precisa de um modelo maior e com alças para as mãos. O assento em questão pode ser encontrado nas concessionárias da marca.

Conclusão

Em resumo, a Sport Glide superou as expectativas durante o uso urbano. Fácil de manobrar, ágil e versátil no trânsito da cidade, é possível até trafegar com a Sport Glide pelos “corredores” sem os acessórios para viagens mais longas. Na estrada, como era esperado, a Sport Glide é boa nas curvas e denota potência de sobra. Os alforjes transportam um volume de bagagem bem razoável.

O preço sugerido atualmente para a Sport Glide é de R$ 76.800 e ela ainda conta com uma grande opção de cores.

Ficha Técnica

Motorização
Tipo Milwaukee-Eight 107
Arrefecimento: Refrigerado a ar
Válvulas: 4 Válvulas/cilindro
Alimentação; Injeção eletrônica Multi-ponto Sequencial (ESPFI)
Cilindrada: 1.745 cm3
Diâmetro x Curso do Pistão: 100 mm x 111,1 mm
Taxa de compressão: 10,0:1
Torque: 14,88 kgf.m / 3.250 rpm
Escapamento; 2-1 com catalisador no silenciador

Transmissão
Embreagem Multidisco banhada em óleo - acionamento cabo
Câmbio: 6 Marchas
Final: Correia dentada, Relação 2,06:1
Primária: Corrente, Relação 1,35:1

Chassi
Tipo Berço duplo, Aço tubular
Balança: Aço com rolamentos esféricos
Cáster: 31°
Trail: 150mm
Ângulo de Inclinação, direita: 27,9°
Ângulo de Inclinação, esquerda: 28,7°

Suspensão
Dianteira: Showa Telescópica Invertida (43 mm)
Curso 130 mm
Regulagens Sem regulagem
Traseira: Monoamortecida
Curso 86 mm
Regulagens Ajuste de pré-carga de mola

Freios
Dianteiro: Disco simples de 300 mm, Pinça com 4 pistões, Sistema ABS
Traseiro: Disco simples de 292 mm, Pinça com 2 pistões, Sistema ABS

Rodas
Liga-leve Mantis, Pretas com detalhes usinados

Pneus
Dianteiro: 130/70B18 63H
Traseiro: 180/70B16 77H

Medidas
Comprimento: 2325 mm
Largura: 960 mm
Entre-eixos: 1625 mm
Altura do assento: 680 mm
Distância mínima do solo: 120 mm
Capacidade de combustível: 18,9 litros
Peso (em ordem de marcha): 317 kg
Capacidade máxima de carga: 209 kg

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Harley-Davidson Sport Glide
Imagem: Divulgação

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