Shineray investe em motos elétricas e banco para expandir vendas no Brasil
Segundo jornal, montadora chinesa fechou parceria com o Santander para ampliar financiamentos
Seis anos após inaugurar sua fábrica em Suape, Pernambuco, a Shineray ainda é uma promessa no mercado de motocicletas no Brasil. Mesmo com grande capacidade produtiva – 250 mil unidades por ano, segundo seu site -, a montadora chinesa sofre para encontrar demanda para sua variada linha de produtos.
Seus produtos de maior destaque são os ciclomotores, modelos com até motores de até 50 cm³ vendidos sobretudo no Nordeste. Em 2016, após o Código de Trânsito Brasileiro exigir o registro das ‘cinquentinhas’, os emplacamentos explodiram por conta da regularização de milhares de unidades.
Somente naquele ano, seus ciclomotores tiveram cerca de 48 mil emplacamentos. No entanto, a informação clara sobre quais são esses modelos é bastante imprecisa. No Denatran há uma denominação padrão nos registros (XY50), mas a marca anuncia nomes como ‘Jet 50’, ‘Phoenix 50’ e ‘New Super Smart 50’ entre seus ciclomotores.
A Shineray também comercializa motos de baixa cilindrada como a Jet 125, uma das poucas a aparecer claramente nos emplacamentos, além de uma série de scooters de recreação.
No ano passado, no entanto, a montadora decidiu investir no mercado de motocicletas elétricas. São três modelos de scooters, entre eles o SE1 com baterias de chumbo/ácido e lítio, com preços de R$ 10 mil e R$ 11 mil.
Parceria com o Santander
Na semana passada, o Broadcast+, plataforma de notícias financeiras do jornal O Estado de São Paulo, revelou que a Shineray lançou um banco em parceria com o Santander. A entidade pretende facilitar o financiamento dos veículos com prazos de até 60 meses e taxas de juros mensais a partir de 0,99%.
Ainda segundo a reportagem, a marca investe na abertura de lojas de fábrica, a primeira delas inaugurada no Recife.
Se a estratégia der certo, a Shineray deverá se transformar na 3ª marca mais vendida do Brasil, com volume entre 30 mil e 50 mil unidades por ano. Portanto, distante da Yamaha (142 mil motos em 2020), mas bem à frente da BMW (10,5 mil unidades no ano passado). Seria uma ótima notícia, afinal o mercado nacional segue extremamente concentrado em apenas duas marcas, que juntas dominam 90% dos emplacamentos.