Scooters requintadas, SH 150i e SH 300i perdem espaço no Brasil
Modelos da Honda apostaram em cliente 'executivo', mas vendas em declínio sugerem que nicho não compensa por aqui
A Honda não tem do que reclamar no segmento de scooters no Brasil. A marca, como em quase todas as categorias, domina esse nicho, com a PCX à frente, seguida da cada vez mais popular Elite 125.
Seria mais um caso de receita bem pensada da fabricante, mas ela também amarga dois fracassos em sua conta. Estamos falando dos modelos SH 150i e SH 300i, scooters com um perfil mais ‘executivo’, ou seja, voltadas para um público oriundo do carro e que não quer sujar o sapato e o traje corporativo com poeira ou lama, por exemplo.
Lançadas em 2016 (SH 300i) e 2017 (SH 150i), as duas motos apresentam um claro declínio nas vendas em 2021.
A SH 300i, que nunca chegou a ter um número significativo de emplacamentos, passou os últimos anos oscilando entre 600 e 900 unidades vendidas no ano, mas até novembro havia obtido apenas 391 interessados.
A mais acessível SH 150i, por sua vez, está numa queda brusca desde 2018, quando chegou a vender 5.630 unidades. Em 2021, são somente 2.145 motos em 11 meses.
Pior que isso é ver que em outubro e novembro, as duas juntas tiveram apenas 73 unidades emplacadas.
A SH 150i custava em dezembro a partir de R$ 13.340 enquanto a SH 300i podia ser adquirida por salgados R$ 23.590, ou R$ 24.090 na versão Sport.
São modelos que agradam sobretudo na Europa, onde a scooter é uma alternativa bastante interessante para jovens profissionais que não querem ficar presos em automóveis nem utilizar o transporte público com frequência.
No Brasil, no entanto, essa cultura parece que ainda não ganhou tantos adeptos para justificar uma demanda razoável. Espera-se que isso mude e elas voltem a vender mais.
