Scooter: entenda as vantagens e desvantagens
Além de fáceis de pilotar, esses veículos podem ser opção para quem quer fazer compras e também chegar "limpo" ao trabalho. Rodinha pequenas e pegar estrada ainda podem ser empecilhos
Se um motociclista viajante do tempo viesse dos anos 2000 para 2021 no Brasil, ficaria bem surpreso com as motos que rodam por aqui. Não porque chegamos na era das motos elétricas ou até voadoras, mas sim por causa da grande quantidade de scooters que temos hoje.
Naquela época, eles eram escassos, agora estão aos montes e com ótimas opções de Honda, Yamaha, Suzuki, Dafra, Haojue e outras.
Dá para imaginar que houve um tempo em que alguns pensavam que esse não era o país do scooter? Isso aconteceria por uma suposta fragilidade desse tipo de veículo para nossas ruas, uma teoria que já foi superada.
Para te ajudar a entender melhor, o MOTOO mostra aqui os principais prós e contras dos scooters:
Dá pra fazer a feira
Quem tem um scooter pode contar que estes são bem indicados para ir ao mercado ou pet shop, por exemplo. Se você caiu de paraquedas nessa reportagem e não sabe o que é o scooter, fique sabendo que um de seus grandes atrativos é um espaço para levar itens embaixo do banco.
Sim, dá pra fazer a feira. Claro, o volume do baú varia de modelo para modelo, por isso é importante avaliar isso na hora da compra. Com o scooter, aquela ida cansativa ao mercado pode se tornar bem mais prática e ágil.
A maioria dos modelos ainda vem com a comodidade de uma entrada USB para carregar o celular, algo que não se vê comumente nas motos.
Rodinhas pequenas
É uma característica comum dos scooters: o diâmetro de suas rodas é menor do que o das motos mais comuns. Uma CG, por exemplo, tem rodas de 18 polegadas; motos de trilha tem a dianteira de 21 polegadas.
Scooters podem ter rodinhas de 10 polegadas, por exemplo. A física explica: com o menor tamanho, há menos absorção dos impactos, além de as rodas, literalmente, entrarem totalmente em buracos.
Se você for rodar em um asfalto perfeito, isso pode não fazer a mínima diferença, mas se a ideia é rodar numa situação de buracos, paralelepípedos, etc, é melhor buscar scooter com as rodas maiores, de 14 polegadas.
Fácil de pilotar
Eles podem ser indicados, inclusive, para os iniciantes. Explicamos: não existem marchas no scooter, esse tipo de veículo trabalha apenas com câmbio automático — ao menos em sua maioria.
Mais especificamente o do tipo CVT (continuously variable transmission, em inglês). É um tipo de transmissão que simula uma quantidade “infinita” de marchas. Na prática, não existe nenhuma sensação de troca de marcha, apenas o trabalho contínuo do motor.
Com apenas o trabalho de acelerar e frear, o motociclista pode focar em treinar o seu equilíbrio na moto sem se preocupar com o conjunto câmbio embreagem das motos convencionais.
Isso também evita amassar ou sujar o seu calçado na alavanca de trocas de marcha.
Dificuldades na estrada
Que fique claro: a toda regra há uma exceção. Sabemos que hoje existem scooters de alta cilindrada que vão muito bem na estrada, às vezes, até melhor que muita moto, mas em sua maioria os scooters são menores, com motores de baixa cilindrada.
Não haverá problema em viagens curtinhas, mas manter altas velocidades está fora do patamar que a maioria dos scooters pode alcançar. Isso torna uma viagem bastante cansativa ao ter que rodar em velocidades abaixo dos 100 km/h.
Por serem mais fraquinhos e não haver a redução manual de marcha, também existe uma dificuldade nas ultrapassagens e retomadas com os scooters.
Sapatos (e roupas) limpos
Dê uma olhada! O scooter tem todo um escudo protetor na frente do motociclista; uma bolha fica bem na frente do rosto, ao menos na maioria dos modelos.
Isso faz com que qualquer saidinha não vai deixar você com a sujeira das ruas. Quem anda de moto sabe que é inevitável que algumas sujeiras acabem chegando à sua roupa e, principalmente, aos pés.
Ter os sapatos devidamente escondidos é, sem dúvida, uma verdadeira dádiva. Ousamos dizer que em uma leve garoa, o scooter pode até te proteger bem, e não deixá-lo encharcar.
Não é à toa que muitos executivos, que usam ternos e sapatos, escolhem o scooter como uma opção de deslocamento.
Conclusão
Em certa medida, é possível dizer que os scooters são veículos menos robustos que as motos, mas isso vem de suas próprias características de projeto e não há comprometimento no seu uso. Com um foco maior na praticidade, eles podem ser considerados “veículos inteligentes” para se deslocar na cidade.
Como falamos, existem ainda os modelos que quebram esses estereótipos sobre os scooters. O Honda ADV 150, por exemplo, é feito para rodar na terra, enquanto um Yamaha XMax 250 faz bonito na estrada.