Qual é a versão da CG 160 mais vendida no Brasil?
Moto mais popular da Honda é comercializada em quatro modelos com perfis diferentes
Há 45 anos, a CG é a motocicleta mais popular do Brasil. O modelo da Honda evoluiu nessas quase cinco décadas e hoje é vendido em quatro versões, com características um tanto diferentes.
Os preços em outubro começavam em R$ 11.180 (sem incluir o frete) e chegavam a R$ 13.310, dependendo da versão, mas engana-se quem acha que a CG 160 Start é a mais vendida da família.
MOTOO obteve os números de emplacamentos da Honda CG 2022 em setembro divididos pelas versões e com isso traz aqui um panorama de como a moto é vista pelo consumidor.
Vale dizer que das 29 mil unidades emplacadas no mês passado, cerca de 3,3 mil motos foram de linhas antigas, algo comum no mercado de duas rodas.
Já a linha 2022, que estreou nas lojas em junho, somou 25.787 unidades vendidas em setembro.
CG 160 Fan, a preferida
Pois é a CG 160 Fan, versão intermediária da moto street, que mais atrai clientes para a Honda. Nada menos que 48% dos emplacamentos foram desse modelo, ou 12.352 unidades. É praticamente o mesmo volume de vendas que a NX 160 Bros teve no mês passado.
Mas por que a Fan é tão procurada? Certamente envolve seu bom custo-benefício. Com preço sugerido de R$12.280, a versão traz itens melhores que a mais barata Start, como rodas de liga leve, tanque com maior capacidade, freios a disco e sobretudo um motor flex, que faz diferença na hora de abastecer. Tudo isso por um acréscimo de R$ 1.100, o que parece pouco na opinião do público.
Então a Start vem em segundo nesse ranking, certo? Errado. A CG 160 seguinte é a Titan, a mais equipada e cara do portfólio. Ela teve 7.138 unidades vendidas em setembro, ou quase 28% de participação na linha 2022.
Com visual mais rebuscado, a Titan custa R$ 13.310, ou R$ 1.030 a mais que a Fan. Ou seja, como é na essência a mesma moto, sua escolha denota um cliente em busca apenas de estilo diferenciado.
Cargo limitada
Equipada com rodas raiadas e um motor que só aceita gasolina, a Start representa 22% das vendas da CG 160. É um naco de mercado significativo, mas que mostra que o público não prioriza apenas um preço mais acessível se isso se traduz em menos equipamentos importantes.
A lanterninha das CG é a Cargo, versão voltada para os motociclistas profissionais. Ela teve somente 686 unidades emplacadas no mês passado, uma modesta participação de 2,7%. Mas como a demanda por motos para serviços de delivery está em alta é de se imaginar que muitos compradores preferem ter um modelo menos específico a fim de usá-lo de forma mais versátil.
Em resumo, as quatro versões da CG são como modelos únicos, com demanda tão elevada que as faria ocupar os primeiros lugares no ranking de vendas mesmo separadas.