Motos com etanol: veja opções flex que podem ajudar a poupar na alta da gasolina
Uso de álcool nos veículos aumentou no início de 2022, mas é importante fazer as contas para saber se combustível vale a pena
Com o preço da gasolina alcançando os R$ 8,40 em alguns locais do país, o etanol volta a aparecer como um substituto para poupar dinheiro em alguns casos. Entre janeiro e fevereiro deste ano, as vendas do etanol hidratado subiram 26,20%, segundo dados são da Associação Brasileira da Indústria da Cana de Açúcar (Unica).
Apesar de a alta ser o indicativo de maior procura pelo derivado de cana-de-açúcar, nem sempre a substituição da gasolina pela etanol é boa para o bolso. Um litro de etanol tem valor energético equivalente ao de 70% em comparação ao de 1 litro de gasolina, explicam os especialistas.
Aqui no MOTOO, mostramos recentemente uma lista com 5 motos econômicas e acessíveis para gastar menos.
Mas quando vale a pena usar etanol na moto?
Um jeito simples de verificar é dividir o preço do álcool pelo da gasolina; caso o resultado for inferior a 0,70, está mais barato rodar com etanol. Um levantamento de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) apurou, entre os dias 13 e 19 deste mês, preços máximos de R$ 8,399 para o litro da gasolina comum e de R$ 7,989 para o litro do etanol hidratado nos postos, segundo publicou o AUTOO. Ao dividir esses valores (7,989 por 8,399) resultado é de 0,95, mostrando que neste caso a gasolina continua mais vantajosa.
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Mas é sempre importante analisar caso a caso. Apesar de o sistema flex não estar presente em motos grandes ou scooters, ele aparece na maior parte das motos zero quilômetro vendidas no Brasil. Isso porque as utilitárias de baixa cilindrada de Honda e Yamaha podem rodar com gasolina e etanol.
Veja opções de motos que podem rodar com etanol
Honda CG 160
A origem das motos flex no Brasil está com a CG 150 Mix, em 2009, a primeira moto do planeta a usar o sistema bicombustível com etanol e gasolina. Em sua evolução atual, a CG 160 segue como a moto mais vendida o país, e naturalmente a flex mais comercializada. Como base utiliza o motor de 1 cilindro e 162,7 cc, que rende 14,9 cv e 1,4 kgfm de torque, sempre com câmbio manual de 5 velocidades. O modelo custa a partir de R$ 11.920.
Yamaha Factor 125i
Modelo de entrada entre as flex da Yamaha, a Factor 125i UBS traz motor monocilíndrico de 125 cc capaz de render 11,1 cavalos de potência e 1,2 kgfm de torque, também com câmbio manual de 5 marchas. Preço: R$ 12.390
Yamaha Factor 150 e Fazer 150
Entre as utilitárias com motor de 149 cc, a Yamaha oferece duas opções: Factor 150 e Fazer 150. Os modelos contam o propulsor de 1 cilindro que gera 12,4 cavalos e 1,3 kgfm. Os preços são R$ 13.190 (Factor 150) e R$ 14.290 (Fazer 150). Nesse caso, a Fazer 150 se destaca por um visual mais esportivo e robusto, enquanto a Factor 150 segue linhas mais parecidas com a da Factor 125i.
Biz 125
A famosa cub da Honda tem motor flex na opção de 124,9 cc de cilindrada. O monocilíndrico funciona em conjunto com câmbio semi-automático de 4 velocidades e rende 9,2 cavalos de potência e torque máximo de 1,04 kgfm. Preço: R$ 12.360.
Honda Bros 160
Não é só de utilitárias e urbanas que as motos flex são feitas. Modelos de uso misto como a Bros 160 também estão entre as representantes. Com o mesmo motor de 162,7 cc visto na CG 160 e câmbio manual de 5 velocidades, a Bros alcança 15,7 cavalos e 1,60 kgfm de torque. A versão única ESDD sai por R$ 15.790.
Honda XRE 190
Criada como uma opção intermediária entre a Bros 160 e a XRE 300, a XRE 190 é mais uma possibilidade moto flex no Brasil. Com freios ABS de série, o modelo conta com interessante motor de 1 cilindro e 184,4 cc de cilindrada, o que rende 16,4 cavalos e 1,66 kgfm de torque, sempre em combinação com câmbio manual de 5 marchas. Preço: R$ 18.000.
Yamaha Crosser 150
Como rival da Bros 160, a Yamaha possui a linha Crosser que roda com etanol e gasolina. Seu motor é o mesmo monocilíndrico de Fazer 150 e Factor 150, o que resulta em potência máxima de 12,4 cavalos e 1,3 kgfm - o câmbio é manual de 5 marchas. Além da Crosser 150 S ABS, vendida por R$ 16.190, também há a Crosser 150 Z ABS por R$ 16.390 (versão com para-lama dianteiro maior).
Yamaha Lander 250
Tradicional no segmento trail, a Lander 250 também é flex e conta com freio ABS de série na roda dianteira. Utilizando câmbio de 5 marchas, o modelo possui motor de 1 cilindro e 249 cc, que rende 20,9 cavalos e 2,1 kgfm de torque. Preço: R$ 21.790.
Honda CB 250F Twister
Para além das urbanas utilitárias como a CG, existem variedades mais encorpadas, como é o caso da CB Twister. Rodando com etanol e gasolina, o modelo tem câmbio de 6 velocidades, e seu motor de 1 cilindro e 249,5 cc atinge 22,6 cavalos e 2,28 kgfm. Existem duas versões: com freios combinados (CBS), por R$ 17.880, e com ABS, vendida por R$ 19.020.
Yamaha Fazer 250
Como concorrente da Twister aparece a também conhecida Fazer 250. Com freios ABS de série e câmbio de 5 velocidades, a moto conta com propulsor monocilíndrico de 249 cc, o mesmo visto na Lander 250. Ele rende 21,5 cavalos e 2,1 kgfm de torque. Preço: R$ 20.390.
Honda XRE 300
Completando a lista está a XRE 300, rival da Lander 250. O modelo conta com câmbio de 5 velocidades, ABS e motor de 1 cilindro e 296,1 cc de cilindrada, capaz de alcançar 25,6 cv e 2,80 kgfm de torque. Preço: a partir de R$ 22.450.