'Motorinas': as motos elétricas que viraram febre em Cuba
Com escassez de combustível na ilha, veículos de duas rodas de origem chinesa e vietnamita movidos a energia renovável se espalham aos milhares
Você já ouviu falar de motorinas? Assim são chamadas as motos elétricas de baixo desempenho em Cuba. Com escassez de combustível que afeta a ilha, esses veículos movidos a energia renovável se espalham aos milhares. Desde que a importação desse tipo de motocicleta foi autorizada na década passada, em detrimento das movidas a combustível, o volume de chegada se iniciou em grandes proporções, com a maioria vindo da China e Vietnã.
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Em uma reportagem recente, a agência Associated Press (AP) levantou informações com as autoridades locais cubanas. Seriam cerca de 300 mil motorinas em todo o país. Uma das empresas de destaque é a Minerva, que realiza a montagem local a partir de peças vindas do exterior. Custando em média entre 2 mil a 5 mil dólares, essas motinhas tem desempenho similar às cinquentinhas vistas no Brasil, não ultrapassando a velocidade de 50 km/h.
Um movimento cultural
Além de se tornarem uma maneira acessível para deslocamentos no dia-dia, as motos elétricas também acabaram virando uma febre entre os mais jovens. Eles se reúnem em clubes, e por vezes são vistos fazendo manobras não seguras em cima das motorinas. Apesar da baixa velocidade final, os modelos elétricos podem ter uma rápida aceleração. Além disso, há quem faça modificações nos modelos para deixá-los mais potentes.
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Segundo apontou a AP, existe também uma preocupação local com o risco de incêndios nas motorinas. Um levantamento do Corpo de Bombeiro mostra que no primeiro semestre de 2020 ocorreram 263 incêndios de motocicletas elétricas.