KTM mais próxima de comprar a MV Agusta
Em entrevista à revista italiana "DueRoute", executivo da KTM revelou detalhes do plano de expansão para a MV Agusta. Obejtivo é produzir 12 mil motos por ano
A gigante KTM não esconde que deseja comprar a exclusiva MV Agusta. Apesar de já ter adquirido 25,1% de participação na fabricante italiana de luxo, a austríaca quer se tornar dono majoritária da MV, segundo revelou Hubert Trunkenpolz, membro do comitê executivo do Pierer Mobility Group (PMG), que detém a KTM.
Em entrevista à revista italiana "DueRoute", Trunkenpolz deu detalhes dos planos para a "joia" italiana, conhecida por suas motos exclusivíssimas. “Assim que tivermos a maioria da empresa, pretendemos trazê-la de volta para onde ela merece e, ao mesmo tempo, proteger sua especificidade", afirmou Trukenpolz.
Vale lembrar que a Pierer já é responsável pela venda das MV Agusta nos Estados Unidos, Canadá e México. Além disso, após a aquisição de parte da marca italiana, a KTM se tornou responsável pelo fornecimento e compra de suprimentos para a italiana, que possui a sua sede em Varese. Sempre importante ressaltar que a indiana Bajaj também é dona da Pierer, com 49,9% de participação.
MV Agusta tem que ficar na Itália
Aconteceria então com a MV Agusta algo parecido com a Husqvarna, de origem sueca, que atualmente utiliza a mesma base mecânica das KTM ou mesma a Gas Gas, marca espanhola que também é integrante do grupo? Segundo Trunkenpolz, o caminho para a MV seria diferente, e sem demissões.
“Prometi falar com o pessoal deles e repito hoje: isso não vai acontecer. A MV Agusta, fora da Itália e longe da histórica fábrica de Varese, está destinada a morrer. Queremos fazê-lo prosperar e não queremos despedir, pelo contrário", afirmou. Para o executivo, o objetivo é elevar a produção anual de cerca de 1 mil unidades para 12 mil motos.
"Queremos investir fortemente na fábrica de Varese nos próximos dois anos. Mas antes de tudo temos que trabalhar na rede comercial e de vendas, desenvolver um negócio que seja sustentável para a MV Agusta. E como está hoje, lamento dizer, o negócio da MV Agusta não pode ficar sozinho”, disse o executivo, em entrevista à revista.
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