Kawasaki terá ao menos 10 modelos elétricos e híbridos a partir de 2025
Fabricante japonesa anunciou que pretende abandonar os modelos a combustão até 2035
Enquanto as montadoras de automóveis têm divulgado metas mais próximas para encerrar a produção de modelos a combustão, as fabricantes de motocicletas ainda são tímidas em demonstrar um comprometimento tão grande com a sustentabilidade.
A razão é que as motos elétricas e híbridas ainda estão um pouco mais longe da realidade, por problemas que vão da autonomia e peso das baterias à rejeição dos consumidores. Mas para a Kawasaki, ao menos, já é possível vislumbrar um horizonte eletrificado.
A marca japonesa anunciou recentemente que vai deixar de produzir motos a combustão em 2035. Trata-se de um objetivo bem mais modesto que o de produtores de automóveis, mas já significa ao menos um direcionamento.
A Kawasaki também revelou que pretende ter ao menos 10 modelos elétricos ou híbridos em 2025, ou seja, será um processo gradual de substituição das motos a gasolina.
A gigante industrial está passado por um processo de reestruturação do seu negócio que transformará a unidade de duas rodas numa entidade separada, a Kawasaki Motors Limited.
Na semana passada, a nova empresa revelou que adotará o novo “River Mark” como logotipo. O símbolo redondo já é utilizado em algumas motos como a H2R e passará a ser sua principal referência em lugar da escrita ‘Kawasaki’.
Por enquanto, não está claro quais caminhos a marca japonesa adotará. Ela tem feito testes com motos 100% elétricas e híbridas e até mesmo o hidrogênio foi considerado.
Ao menos algumas patentes sugerem que a Kawasaki pode adotar uma propulsão híbrida que usa um supercharger elétrico, como mostramos recentemente. A ideia foi vista num desenho da Ninja H2. A vantagem dessa proposta é oferecer boa autonomia e desempenho sem comprometer o conjunto.
Ao anunciar que deixará de oferecer modelos a combustão a Kawasaki estipulou o limite de legislação estabelecido pela Europa, o que deve acabar sendo estendido a outras regiões. Mas é de se esperar que antes disso, as motos da fabricante já estejam adaptadas à eletricidade.