Kawasaki Ninjinha e Z elétricas: motos confirmadas para o Brasil
Informação foi obtida pelo MOTOO em entrevista exclusiva com presidente mundial da marca no EICMA 2022. Modelos devem ter desempenho semelhante a moto de 125 cc
As motos elétricas Kawasaki Ninja EV e Z EV serão vendidas no Brasil. Durante o EICMA 2022, o Salão de Milão, a informação foi confirmada pela fabricante japonesa ao MOTOO em entrevista exclusiva com o Hiroshi Ito, o presidente mundial da marca. Como parte de um ambicioso plano para alcançar a neutralidade de carbono, as duas elétricas foram apresentadas no evento junto a uma também inédita moto híbrida.
Ninja EV e Z EV estão previstas para desembarcar no mercado mundial ainda em 2023, enquanto a Ninja híbrida começa a ser vendida em 2024. Ito, que conhece muito bem o Brasil por ter sido o chefe local da empresa no passado. "Fui o primeiro presidente da Kawasaki do Brasil", nos disse, em bom português. Saiba detalhes em vídeo:
Apesar do plano de ter as motos no mercado brasileiro estar certo, ainda não há uma data definido. "Estamos ainda negociando, algumas negociações com o governo", afirmou Ito. No caso da moto híbrida, a presença no Brasil ainda depende de regulamentações, disse o executivo.
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Ainda não é possível garantir uma data para o lançamento das motos no mercado brasileiro, sabemos que os modelos da marca geralmente levam 6 meses após o lançamento global para desembarcar no Brasil. Como devem começar a chegar às lojas da Europa no 2º semestre de 2023, uma estimativa é de que possam estar disponíveis no Brasil entre o final de 2023 e começo de 2024.
Como será a Ninja elétrica?
A Ninja elétrica e a Z elétrica ainda foram apresentados ainda como protótipos no EICMA, apesar de mostrarem um acabamento já bem avançado. Algo que chama atenção ao ver as motos é a similaridade com modelos movidos à combustão, com exceção da falta de escapamento.
Os modelos também contam com pedal de freio traseiro ao contrário de outras elétricas, que utilizam os dois freios no manete. Também podemos notar a transmissão secundária feita por corrente, como vemos em modelos movidos a combustão. Como informações divulgadas, sabemos que as motos terão par de baterias, "facilmente removíveis" com pack pesando 12 kg, de capacidade máxima de 3 kwh.
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Ambas motos elétricas estarão de acordo com a Categoria A1 da Europa, explicou a empresa. Isso significa que terão rendimento máximo similar ao de uma 125 cc, ou seja, até 11 kw (14,95 cavalos). Agora temos que esperar pelos dados finais que serão divulgados pela montadora em momento oportuno.
Fim dos motores a combustão?
Apesar de destacar o investimento em modelo elétricos e híbridos, a Kawasaki também reafirmou o desenvolvimento de motos com motores à combustão interna. De acordo com a empresa, o total de 30 modelos de motores ICE (Internal Combustion Engine) serão lançados globalmente entre 2024 e 2025.
Dentro desses ambiciosos planos para a neutralidade de carbono, que vão revolucionar a linha da fabricante japonesa, também está a chegada de uma motocicleta movida por hidrogênio. Este projeto, no entanto, deve se tornar práticos apenas por do início dos anos 2030.