As motos elétricas da Honda estão a caminho
Maior fabricante de motocicletas do mundo, marca da asa prepara lançamentos e traça plano de 15% de eletrificação em duas rodas até 2030
As motos elétricas da Honda começam finalmente a ganhar forma. A era da eletrificação das duas rodas certamente não poderia ocorrer de fato sem a presença da maior maior fabricante de motos do mundo. Enquanto a Yamaha tem colocado novos scooters elétricos no mercado mundial, vide E01 e Neo´s, a Harley-Davidson criou sua marca de elétricas LiveWire e no Brasil vemos uma enxurradas de startups, como Voltz, Watts e Riba investirem nas elétricas, a marca da asa dá passos, de certo modo, tímidos.
No entanto, a empresa acaba de divulgar planos mais ambiciosos e definiu que 15% de suas motocicletas vendidas em 2030 deverão ser eletrificadas, de acordo com plano divulgado no Relatório de Sustentabilidade da Honda de 2022. Isso significa que, de alguma maneira, essa fatia de veículos deverão ser 100% elétricos ou utilizarem algum sistema híbrido.
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"A Honda vê as mudanças nas necessidades sociais e na estrutura social induzidas pelas mudanças climáticas e pela diversificação energética como os principais desafios e promovendo ativamente a eletrificação dos produtos. Aumentar a linha e o uso de produtos eletrificados contribuirá para reduzir as emissões de CO² quando em uso, o que, por sua vez, levará a menores riscos de mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que aborda questões energéticas usando energia renovável", disse a fabricante.
Este ano a marca já havia anunciado, juntamente com Yamaha, Kawasaki e Suzuki, a criação da Gachaco, uma empresa responsável por viabilizar todo um sistema de baterias removíveis que podem ser trocadas instantaneamente em pontos de troca, o que deve acaba com o problema de ter de esperar por horas para o recarregamento.
Nos automóveis, o objetivo da empresa é ainda maior, com a previsão de 30% de eletrificação até 2030. Inclusive, a Honda anunciou recentemente uma parceria com a GM para desenvolver carros elétricos mais acessíveis para regiões que incluem a América do Sul.
Participação de elétrica ainda é pequena
Atualmente, dentro das 16,8 milhões de motos vendidas em 2021, a participação de modelos elétricos da Honda é ínfima. Isso porque são poucos produtos disponíveis e seu foco principal ainda é o Japão.
Em 2018, a empresa revelou uma versão elétrica do PCX, e atualmente a scooter está disponível em uma opção híbrida no Japão, além dos modelos à gasolina. A empresa tem apostado em motocicletas e triciclos utilitários movidos a energia elétrica no mercado japonês; são os interessantes Benly e, Gyro e e Gyro Canopy. Eles são robustos e com boa capacidade de carregar itens para entregadas, mas para embalar de verdade e alcançar seus objetivos, a empresa vai expandir esta gama nos próximos anos.
Ainda há opções elétricas da Honda destinadas a mercados específicos, como o U-be Cross feito na China em parceria com a Wuyang. A transformação real deve, entretanto, acontecer no passar da atual década. A empresa anunciou que lançará 3 motos elétricas até 2024. Ainda não está claro como serão os modelos, mas dois serão de baixo desempenho para mobilidade de curta distância. Nas imagens divulgadas, podemos ver o que parecem ser dois pequenos scooters e uma moto elétrica, que se assemelha a uma CG.
Para além de 2024, a empresa ainda revelou que pretende lançar um modelo para a área "Fun" (diversão, em inglês), dando como ilustração a silhueta de uma motocicleta mais esportiva e de maior porte. "Além disso, no campo das motos de combustão interna existente, continuaremos a pesquisa e o desenvolvimento para melhorar a eficiência de combustível e veículos movidos a combustível sem carbono", afirmou a Honda.
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