Honda celebra 10 anos de motocicletas bicombustíveis
Montadora japonesa foi pioneira em motos que podem utilizar etanol, gasolina ou a mistura de ambos
A Honda comemora os 10 anos da CG Titan 150 Mix, sua primeira moto bicombusível. Com o lançamento da street há uma década, a Honda se tornou a primeira fabricante de motocicletas no mundo a desenvolver a tecnologia.
O projeto, que foi desenvolvido no Japão com a participação de engenheiros brasileiros, buscava a criação de um motor que causasse menor impacto para o meio ambiente e o etanol foi um elemento crucial para que o objetivo fosse alcançado.
O etanol é um combustível natural e renovável, produzido a partir da cana-de-açúcar, e que está disponível em larga escala no Brasil. Além disso, durante o crescimento do vegetal, ao realizar a fotossíntese ele absorve dióxido de carbono da atmosfera, que é um dos gases produzidos pelos veículos.
Desenvolvido para o mercado nacional, os motores bicombustíveis da Honda estão disponíveis em oito motocicletas e já somam mais de 6 milhões de unidades produzidas na fábrica em Manaus (AM)
"A Honda foi pioneira em apresentar ao mercado essa importante inovação tecnológica, que teve uma excelente aceitação dos brasileiros. As motocicletas flex colaboram com os esforços da marca para a concretização de uma sociedade livre de emissões de CO2”, declara Alexandre Cury, diretor comercial da Moto Honda da Amazônia.
Mas como funcionam os motores flex?
O sistema flex da Honda possui um módulo de controle eletrônico, batizado de ECM (Engine Control Module, na sigla em inglês), que possui sensores que monitoram o funcionamento do motor, e determina o tempo ideal de injeção de combustível. Há ainda um outro sensor que mede a quantidade de oxigênio resultante da combustão. Assim, o módulo identifica qual combustível está sendo utilizado, baseado em quatro mapas pré-programados de funcionamento: etanol, gasolina, maior proporção de etanol do que gasolina e maior proporção de gasolina do que etanol.
Quando o consumidor opta pelo uso do etanol ao invés do combustível fóssil, é possível reduzir em até 90% a emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. Além disso o motor flex desenvolvido pela Honda libera 10% menos monóxido de carbono.