Honda Bros ou Yamaha Crosser: o que cada trail oferece?
De um lado, a trail mais vendida do país. Do outro, a sua maior rival. Veja o que cada um traz de série para o segmento
O mercado das trails de entrada é um dos mais importantes do Brasil em volume de vendas, perdendo apenas para o das utilitárias, como a CG 160, e das CUBs, como a Biz. Com 45.650 unidades comercializadas em 2020 até julho, a Honda NXR 160 Bros é o maior expoente dessa categoria, com 51,2% de participação. A Yamaha Crosser 150 é a única rival que faz frente a tais volumes, com 11,9% e 10.459 unidades vendidas no acumulado do ano. Porém, entre as duas, qual oferece mais para além dos números?
Vale lembrar que a Honda Bros é oferecida apenas na versão ESDD, enquanto a Yamaha Crosser tem duas configurações: S ou Z. A diferença é que a segunda traz um para-lama dianteiro elevado e oferece guarda-pó para a suspensão dianteira. No demais, as duas versões são idênticas.
Preços:
Honda NXR Bros ESDD: R$ 13.247
Yamaha Crosser 150 S / Z: R$ 13.890 / R$ 14.090
Mecânica:
Honda Bros 160
Motor: monocilíndrico, OHC, arrefecimento a ar, flex
Cilindrada: 162,7 cm³
Potência: 14,7 cv (etanol)
Torque: 1,6 kgfm (etanol)
Alimentação: injeção eletrônica
Partida: elétrica
Câmbio: cinco marchas
Tanque: 12 litros
Peso a seco: 121 kg
Yamaha Crosser 150 (S ou Z)
Motor: monocilíndrico, OHC, arrefecimento a ar, flex
Cilindrada: 149 cm³
Potência: 12,4 cv (etanol)
Torque: 1,30 kgfm (etanol)
Alimentação: injeção eletrônica
Partida: elétrica
Câmbio: cinco marchas
Tanque: 12 litros
Peso (em ordem de marcha): 134 kg
Equipamentos de série
Honda Bros 160: partida elétrica, rodas raiadas, painel de instrumentos digital, freio a disco na dianteira e na traseira, sistema de freios combinados, trip A e B, relógio e marcador de combustível.
Yamaha Crosser 150 S: partida elétrica, rodas raiadas, painel de instrumentos digital, freio a disco na dianteira e na traseira, sistema de freios ABS na dianteira apenas, Apesar de o velocímetro e outros instrumentos serem exibidos em tela digital, o conta-giros é separado e analógico. A versão Z troca o para-lama dianteiro baixo por uma peça mais elevada, além de acrescentar um guarda-pó na suspensão dianteira.
Suspensão, Rodas e Pneus
Honda Bros 160
Dianteira: garfo telescópico, 180 mm de curso; roda de 19 polegadas; pneu 90/90-19
Traseira: monoamortecedor, 150 mm de curso; roda de 17 polegadas; pneu 110/90-17
Yamaha Crosser 150
Dianteira: garfo telescópico, 180 mm de curso; roda de 19 polegadas; pneu 90/90-19
Traseira: monoamortecedor com link, 160 mm de curso; roda de 17 polegadas; pneu 110/90-17
Conclusão
Os motivos para a liderança da Honda Bros 160 são claros no papel. Mais potente e com mais torque, ainda consegue ter um preço menor que o da rival. No rincões do Brasil, onde o ABS não é tão desejado, o sistema de freios combinados atende, apesar de não ser o ideal para a segurança do piloto.
Isso não quer dizer, porém, que a Yamaha Crosser não consegue competir. Ela é, sim, mais cara. No entanto, o freio ABS é de série na dianteira, dando uma vantagem sobre a rival. Sua suspensão traseira tem um pouco mais de curso graças ao uso de link, que ainda evita batidas secas no fim de curso. Apesar ter uma lista de equipamentos de série quase idêntica a da rival, é menos potente e mais cara. No entanto, no campo subjetivo, também pode trazer um visual mais bem acertado com a vocação urbana da versão S.