Honda ADV 150: em breve no Brasil, scooter agrada gringos
Baseado no PCX 150, scooter aventureiro empresta a proposta da X-ADV e deve chegar ainda em 2020 ao nosso mercado
Com o mercado de scooters em alta, a Honda trouxe dois novos modelos ao Salão Duas Rodas do ano passado. Um era o Forza 300, enquanto o outro era o ADV 150. A Honda já confirmou que quer trazer a dupla para cá, ao mesmo tempo em que lida com as consequências da pandemia. No caso da última, a empresa espera que o lançamento ocorra ainda em 2020 por aqui.
Enquanto isso não acontece, o Honda ADV 150 já é oferecido internacionalmente. Nos EUA, por exemplo, o scooter aventureiro com ares de X-ADV 750 custa US$ 4.300 (R$ 24 mil na conversão direta), ou US$ 600 (R$ 3,3 mil) a mais que o PCX 150. E por que essa comparação é importante? O motivo é simples. Sob a carenagem, ADV e PCX são a mesma moto.
Saiba mais: Honda SH 300i está saindo com até R$ 3,6 mil de desconto
O chassi e o motor de ambos são os mesmos. No caso do propulsor, trata-se do mesmo monocilíndrico de 149 cm³ com arrefecimento a líquido do PCX nacional, que oferece 13,2 cv de potência e 1,38 kgfm de torque. No caso do ADV, o peso em ordem de marcha é de 133 kg. O câmbio também é automático CVT. Mas são as diferenças para o PCX que fazem do scooter aventureiro algo especial.
Além de um conjunto de carenagens exclusivo, o Honda ADV 150 traz rodas de liga leve de 14 polegadas com pneus mais largos e de perfil mais agressivo que os do PCX. A suspensão também muda um pouco. O curso dos amortecedores sobe de 100 mm na dianteira e de 100 mm na traseira para, respectivamente, 130 mm e 119 mm. A suspensão traseira tem ainda um reservatório de fluído remoto, algo que o PCX não traz e que é mais comum em veículos fora-de-estrada.
No mercado norte-americano, o site RevZilla já teve a oportunidade de andar no Honda ADV 150 e o modelo foi aprovado sem muitas restrições. Com o visual mais agressivo que o PCX, já se destacou nas ruas, não opinião da publicação, ao passo em que não perdia em nada em relação à praticidade típica dos scooters, mantendo 27 litros de armazenamento sob o banco e tomada para carregamento. O modelo já traz de série faróis de LED, painel de instrumentos digital e ABS para o freio dianteiro.
Segundo o jornalista, o Honda ADV 150 surpreende na terra. Apesar de ser claro que não se trata de uma moto fora-de-estrada, ela “vai mais longe do que você imagina”, nas palavras da publicação. Na cidade, anda tão bem quanto o PCX, entregando bons números de consumo e um desempenho adequado à sua proposta. Outro item elogiado foi o acerto do câmbio CVT, de operação mais fluída e imperceptível.
No entanto, a publicação concluiu que o grande trunfo do ADV sobre o PCX não está apenas no visual mais aprimorado, nem na lista de equipamentos. Enquanto as capacidades do scooter na terra são limitadas, fazem com que o Honda ADV 150 ande na cidade sem a menor preocupação com buracos, lombadas ou valetas. Assim, o investimento extra compensaria nos EUA. Porém, conforto em vias esburacadas pode ser um bom argumento de vendas também no mercado brasileiro.