Honda inicia revolução: 10 motos elétricas serão lançadas até 2025
Fabricante planeja ofensiva mundial elétrica com modelos de pequeno e grande porte, incluindo estilos naked, cruiser e scooter. Meta é neutralidade de carbono durante a década de 2040
A Honda, maior fabricante de motocicletas do mundo, anunciou nesta terça-feira, 13 de setembro, no Japão, planos ambiciosos para o mercado de motos elétricas. O total de 10 modelos movidos a eletricidade serão lançados mundialmente até 2025, com a presença de veículos de duas rodas de pequeno e grande porte.
Em seu comunicado, a empresa ressalta que é possível ainda que mais motos elétricas cheguem neste período. A partir de 2026, a marca pretende vender cerca de 1 milhão elétricas ao ano, com o objetivo de subir para 3,5 milhões ao ano em 2030. Desse modo, no início da próxima década, representarão 15% das vendas mundiais da companhia, frente a apenas 5% 4 anos antes.
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Este plano faz parte do objetivo da Honda de alcançar a neutralidade de carbono em todos os modelos de motos durante a década de 2040. "Como foco principal das estratégias ambientais para o negócio de motos, a Honda acelerará a eletrificação de seus modelos e ao mesmo tempo continuará e evoluir os motores de combustão interna (ICE - Internal Combustion Engines)", disse a fabricante.
Além das motos, a Honda já havia anunciado o foco em atingir a neutralidade de carbono em todos produtos e atividades em que está envolvida até 2050.
Elétricas estilo naked, cruiser e scooter
A maior parte da gama elétrica da Honda a princípio será de modelos de mobilidade de pequeno porte. 5 veículos dessa categoria, com velocidades limitadas a 25 km/h ou 50 km/h, estão previstos para Ásia, incluindo China e Japão, e Europa, já a partir de 2022 para até 2024. Mais dois modelos, estilo scooter para transporte pessoal, devem chegar a Ásia, Europa e Japão entre 2024 e 2025.
Além desses produtos, chama atenção a chamada linha "FUN" (diversão, em inglês) na qual está prevista as motos elétricas de maior porte, mais similares aos modelos a combustão. Se obsevarmos as imagens, podemos ver o que parecem ser motos nos estilos cruiser, naked e scooter; estes estão previstos para Japão, Estados Unidos e Europa entre 2024 e 2025. Dentro dessa leva, a empresa também desenvolve uma pequena EV para crianças.
Motos elétricas no Brasil e etanol
Em seu comunicado oficial, a Honda não mencionou especificamente a chegada das motos elétricas para o Brasil ou mesmo a América Latina. De qualquer maneira, é esperado que em algum momento algo desta extensa linha de veículos elétricos de duas rodas da empresa também desembarque por aqui, visto o crescimento do segmento no país, liderado pela brasileira Voltz.
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A empresa, no entanto, ressaltou o uso de etanol para reduzir a emissão de CO² em modelo a combustão. "Para ser mais específico, e para além do Brasil, onde já estão disponíveis motos flex-fuel, a Honda planeja introduzir modelos flex-fuel também na Índia, um dos principais mercados de motos", afirma a fabricante. O planejamento é que motos E20, que rodem com mistura de 20% de etanol na gasolina, cheguem ao mercado indiano em 2023, e as 100% flex, para 2025.
Bateria sólida
Para as motos elétricas, a Honda revelou que trabalha com base em seu método chamado de "Monozukuri" (a arte de fazer as coisas), que teve origem nos modelos a combustão. Assim, as elétricas, a exemplo dos modelo a combustível, combina três componentes principais: bateria, unidade CPU (central de processamento e o motor. " A Honda continuará a oferecer a alegria da mobilidade com motos elétricas de preço acessível", disse a empresa.
Sobre a bateria, a companhia disse que está desenvolvendo uma unidade integralmente em estado sólido para suas futuras motos elétricas. Além disso, ressaltou a importância do trabalho em conjunto entre as marcas no ramo. "A melhoria das infraestruturas de carga e a uniformização das especificações das baterias são vitais para a adoção das motos elétricas a nível global. Como parte da melhoria das infraestruturas de carga, a Honda tem vindo a trabalhar na popularização da partilha de baterias", afirmou a Honda.
Para o Japão, a empresa pretende começar a partilha de baterias ainda em 2022. Em conjunto com Yamaha, Kawasaki e Suzuki, além da Eneos, a Honda criou a Gachaco para atuar em pontos de compartilhamento de baterias para motocicletas elétricas.