Harley deixa a Índia; Sportster será descontinuada na Europa
Em meio a um projeto de reestruturação, tradicional marca norte-americana toma medidas para conter seus gastos
Há cerca de um mês, começaram os primeiros rumores na Índia de que a Harley-Davidson deixaria de operar naquele mercado. Ainda não se sabia se a empresa apenas fecharia sua linha produtiva por lá, operando como importadora, ou se sairia por completo. Agora, a imprensa indiana afirma que a segunda opção será adotada.
De acordo com o jornal Times of India, a Harley-Davidson teria confirmado o fechamento de sua fábrica indiana, assim como as 75 lojas que mantém no país atualmente. Em cerca de uma década de operação por lá, a empresa comercializou apenas 25.000 unidades e espera que o movimento gere a economia de US$ 75 milhões (R$ 417,8 milhões).
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Desde o final de julho, a marca norte-americana vem enfrentando uma sequência de prejuízos e anunciou a reestruturação de seus negócios globalmente. Além de ter planos de reduzir sua linha de produtos em 30%, a Harley-Davidson também está revendo sua presença em mercados onde tem pouco resultado, como a Ásia, por exemplo. Ainda sim, a imprensa indiana afirma que a marca está em conversas com empresas como a Hero Motocorp e a Mahindra para o desenvolvimento e construção de um novo modelo de entrada para aquele mercado.
Além de causar a diminuição das operações da empresa, a reestruturação que a Harley vem empreendendo vai mexer ainda com motos tradicionais. Aqui no Brasil, a Sportster não será mais comercializada a partir do ano que vem, apesar de tal família representar quase 25% das vendas no país com os modelos Iron 883 e Iron 1200.
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Na Europa, um movimento similar deverá ocorrer. O site francês Moto Station, afirmou que, após conversas com executivos da Harley naquele país, afirmou-se que a empresa deixaria de oferecer os modelos Sportster, assim como a Street 750 de entrada, em toda a Europa a partir de 2021. O motivo também seria financeiro: com as vendas em queda por lá para estas motos, o custo de adequá-las às novas regras Euro 5 de emissões de poluentes não seriam justificáveis dentro do projeto de reestruturação da companhia.