2 em cada 10 motociclistas começaram a pilotar antes dos 18 anos
Pesquisa mostra que apenas 6,8% começaram a andar de moto depois dos 35 anos no Brasil
Uma pesquisa da Fundación MAPFRE, com o desenvolvimento técnico pelo IST (Instituto de Segurança no Trânsito), mostra que dois em cada 10 motociclistas começaram a pilotar antes mesmo de ter idade legal para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). O estudo foi divulgado na última semana durante o 3º Seminário Internacional de Segurança no Trânsito, promovido pela Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito).
O estudo identificou que uma proporção significativa de 21,6% dos motociclistas começou a pilotar antes dos 18 anos enquanto 26,5% começaram exatamente na idade permitida. Aproximadamente 27,5% iniciaram entre os 19 e 24 anos, enquanto a proporção de iniciantes diminui para 17,5% após os 25 anos. Apenas 6,8% dos motociclistas começaram a pilotar depois de completar os 35 anos.
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A pesquisa também levantou as percepções dos motociclistas sobre os principais desafios para a obtenção da CNH do tipo A. Entre os participantes, 72,4% citaram os custos como uma das principais dificuldades, enquanto 40,2% mencionaram o nível de dificuldade dos exames como um ponto a ser considerado.
Estruturado em quatro etapas, o material conta com uma amostra de mais de 1,2 mil participantes entre análises quantitativas e qualitativas.
“Este estudo traz à tona dados fundamentais sobre o comportamento dos motociclistas no Brasil, especialmente no que diz respeito ao cumprimento das normas de trânsito. Identificar essas informações nos ajuda a compreender melhor os riscos associados e a necessidade de ações educativas que incentivem o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a a cultura de segurança e responsabilidade no trânsito”, explica Fátima Lima, representante da Fundación MAPFRE no Brasil.
Além das entrevistas, os participantes puderam contribuir com sugestões de melhorias em prol da segurança viária. Entre as medidas mais apoiadas a fim de reduzir os sinistros estão: cursos de direção defensiva (68,8%), sessões de simulações de situações de risco (58,3%), campanhas educativas sobre o tema (58,1%) e treinamentos práticos em autoescolas (57,9%).